sexta-feira, 15 de maio de 2009

Os Egípcios

Os Egípcios

O povo egípcio desenvolveu uma cultura avançada em matemática, medicina e no estudo das estrelas. Essa cultura mais tarde influenciou os gregos e romanos, formando a base do que hoje conhecemos por "Civilização Ocidental".
A maior parte dos antigos egípcios eram fazendeiros ou artesãos. Eles faziam brinquedos para os seus filhos, tinham gatos de estimação, usavam maquilagem (tanto homens quanto mulheres) e viam a mágica à sua volta.
Os egípcios de classe alta incluíam escribas, sacerdotes e a família real. Seu governo era fortemente centralizado na pessoa do monarca, chamado Faraó, a palavra "faraó" era um tratamento de respeito que significava "casa grande", o palácio onde o rei vivia. Também chefe religioso supremo, como sumo-sacerdote dos muitos deuses em que acreditavam.
O Estado controlava todas as atividades econômicas. Os egípcios consideravam seu faraó um deuse e sentiam que só ele poderia pedir aos outros deuses que o Nilo pudesse transbordar, para que as plantações crescessem e que o país tivesse comida o bastante. Eles também esperavam que o rei liderasse o exército e protegesse o país das invasões estrangeiras.
Muitos sacerdotes ajudavam o faraó para manter a "ordem cósmica" pela realização de rituais para agradar aos deuses Os sacerdotes trabalhavam em templos em todo o país, e geralmente nasciam numa família de sacerdotes. Um outro trabalho importante no Antigo Egito era dos escribas. Os escribas eram poderosos porque sabiam ler e escrever. Toda cidade tinha um escriba para escrever as estatísticas, recolher os impostos, resolver assuntos legais e recrutar homens para o exército. Alguns escribas copiavam textos religiosos nas paredes dos templos e nos rolos de papiros. Os escribas escreviam numa linguagem que usava figuras, chamadas hieróglifos, para representar os sons e as idéias. Mais de 700 figuras diferentes eram usadas para escrever os hieróglifos. Eram complicados, propositadamente, para que os escribas pudessem manter o seu poder.
Muito antes que os primeiros faraós erguessem monumentais obras arquitetônicas ás margens do Rio Nilo, este já constituía uma fonte de alimentos para os primeiros habitantes das margens ribeirinhas e das regiões mais próximas. Peixes e animais selvagens, fauna e flora exuberantes, espalhando-se sobre a rica camada aluvial, deixada pela cheia anual do rio.
Povos Pré Históricos do Nilo exploravam toda essa fartura, e quando o rio ameaçava inundar seus acampamentos, eles simplesmente deslocavam-se para o deserto, até que as águas retornassem ao nível normal. Esses primitivos habitantes foram ao longo dos anos desenvolvendo técnicas de cultivo e irrigação, aproveitando a fertilidade que o rio proporcionava após as cheias anuais. Esse aproveitamento foi com o tempo criando vínculos comunais em toda a extensão habitada do Rio Nilo. Com o tempo, grupos de aldeias foram organizadas em províncias ou “nomos”, governadas por “nomarcas”. Sem grandes barreiras geográficas, os nomos da região conhecida como Alto Egito logo se consolidaram. Esse processo teve início por volta de 3.500 a.C., e provavelmente um ou dois séculos depois, um único governante dominava toda a região.
A unificação das regiões conhecidas como Alto e Baixo Egito não originou-se nas comunidades do Delta, mas sim no vale do Nilo, sendo desconhecido o responsável pela fusão, mas segundo tradições egípcias é mencionado um “Rei Deus”, chamado Menés. De qualquer forma Menés ficou fixado na história como o mentor que estendeu seus domínios ao Baixo Egito. E para coroar esse êxito, ele teria construído uma capital rodeada de muralhas brancas, numa área protegida das cheias do Nilo, próxima ao Delta, essa cidade seria conhecida pelo nome de Mênfis.
A consolidação política por volta de 3.000 a.C., assinala o surgimento da primeira de uma série de Dinastia de Faraós, num total de 29. Entremeadas por mudanças de linhagem, ausência de herdeiros, guerras e revoluções, até a conquista do Egito por Alexandre da Macedônia em 332 a.C.
O termo “Faraó”, usado por todos os governantes, significa “Casa Grande”, e uma das tarefas dos primeiros Faraós era o de estabelecer a supremacia espiritual de suas próprias casas ou famílias, sobre todas as outras. A esses líderes se atribuíam poderes místicos e incompreensíveis para a maioria da população.
As cidades em sua maioria possuíam divindades protetoras, habitualmente representadas sob a forma de um animal, e até deuses representados sob a forma de vários animais em um único corpo.
Assim, na cidade de Nacada no Alto Egito, cultuava-se o deus SET (retratado como um animal feroz de focinho comprido), na cidade vizinha de NEKHEN predominava o deus falcão HÓRUS.
No decorrer da evolução egípcia, os mitos associados a essas divindades locais fundiram-se e formaram uma maravilhosa história de violenta luta pelo poder, que celebrava o surgimento de um rei deus para todo o Egito. O nome desse deus passou para a posteridade com o nome de HÓRUS.
A fantástica epopéia envolve HÓRUS e seu tio SET pelo domínio do Egito. Sendo declarado pelo deus da terra GEB a vitória de HÓRUS e a sua proclamação como rei do Egito.
Com o surgimento dos Faraós a história se torna mais compreensível: deveria haver apenas um governante e ele seria a encarnação do deus HÓRUS. Após a morte o Faraó se reuniria à OSÍRIS e reinaria absoluto no outro mundo, enquanto que seu herdeiro encarnaria HÓRUS o deus falcão.
Essa história justifica o poder religioso exercido pelos faraós, contribuindo para reforçar a obsessão real com a morte, ritos funerários e a construção de complexos mortuários que serviriam de moradia para o corpo embalsamado do rei, acompanhado de objetos da vida cotidiana e delicadas pinturas que retratam o Faraó nos mais variados misteres da vida diária.
Aspectos importantes da cultura egípcia:
- a antiga língua manteve-se relativamente estável, sofrendo poucas mudanças durante 4.500 anos;
- a história é dividida em 4 fases : Reino Antigo, Reino Médio, Reino Novo e Época Tardia;
- a história registrada em vários monumentos de pedra, referem-se aos reis, suas dinastias, batalhas,
conquistas, construções, etc.
- a atividade artesanal era desenvolvida;
- fabricavam pão, cerveja de cereais e vinhos de tâmaras e uva;
- utilizavam o papiro para a escrita, cordas, redes, embarcações, móveis, etc.;
- utilizavam para a construção naval: madeiras e pedras para os templos e palácios;
- no comércio local trocavam produtos por produtos;
- em transações maiores o padrão monetário utilizado, eram pequenos pesos de metal;
- na cidade de Mênfis concentrava-se o ramo metalúrgico;
- no Delta existiam a pecuária e a produção vinícola;
Nos primeiros tempos era inexistente o comércio particular, mas com as conquistas realizadas na Ásia Ocidental, durante o Reino Novo, é que haverá a intensificação do comércio.
Durante o reinado dos faraós pode-se observar que a vida econômica do Egito passava pela mão do rei e seus subordinados. Sendo que os últimos eram parte integrante do Estado, havendo em certas ocasiões atritos entre o rei e os sacerdotes, que embora fossem ricos, estavam subordinados ao primeiro ministro do Faraó.
Colheitas, rebanhos, produtos artesanais e demais gêneros que impulsionassem a vida econômica do Egito, eram indispensável para o rei e os templos, que distribuíam essa imensa concentração de riquezas aos demais níveis inferiores da camada social, fossem em épocas de fartura ou calamidades naturais. A base da mão de obra do Egito, era em sua maior parte conferida aos camponeses, a grande maioria da população. Estes viviam em aldeias, pagavam impostos ao Estado com os mais diferentes produtos, podendo trabalhar em obras de irrigação ou em regime forçado.
Na História da humanidade considera-se o Egito como o primeiro reino unido, ao contrário da Mesopotâmia que manteve a característica de manter “Cidades Estados”.
Nos vídeos apresentados, podemos observar com mais clareza e didaticamente como o Egito unificou-se, e principalmente sobre a descoberta do túmulo do Faraó Tutankamon, e os tesouros intocados de seu monumento funerário.